CHAMADA

Uma balança viciada onde as desigualdades pesadas tendem para o lado oposto da razão é um facto inegável a existência de interesses onde o menos importante e a vida humana governos e governantes dizem-se alheios acontecimentos vividos ou melhor “sofridos” debaixo do seu nariz está claro, ajudas canalizadas directamente para seus bolsos dai mais uma razão para o mundo parar para reflectir um pouco, será este o caminho correcto, desculpas não matam a fome sinto-me culpado por cada criança que não tem o que comer, beber, vestir, brincar a responsabilidade dessa culpa e a minha acomodação serena. Como cidadão do mundo devia de DIZER, FAZER, GRITAR, CHAMAR, não importa como, dar a minha contribuição activa para acabar com o sofrimento de milhares de pessoas que a primeira refeição do dia é nada e a ultima nada é, chegar mensagens aos donos do MUNDO as guerras os conflitos o terrorismo tem o sempre o mesmo resultado: vingança, destruição, medo e morte. Acabar com as diferenças sociais, raciais, religiosas unir esforços para deixar de existir a fome e a desigualdade, trazer a paz e a tranquilidade, ver as nossas crianças crescer com alegria e harmonia.

Deve-mos simplesmente ouvir o CORAÇÃO
NÃO SEJAS INDIFERENTE
SOU BRANCO OU NEGRO ?

UM OLHAR COM ESPERANÇA

POR UM AMANHÃ MELHOR

DIZ NÃO A XENOFOBIA

VAMOS JUNTOS FAZER UM MUNDO AINDA MAIS BONITO

A PAZ A FOME E O NATAL

Ora, aqui estão três palavras muito íntimas e que nos fazem, todos os anos, pensar e repensar sobre estes assuntos, em especial, nesta quadra natalícia. Somos mais vulneráveis a estas questões, ficamos mais despertos para este flagelo.
John Boyd Borr, Prémio Nobel da Paz, deixou uma frase célebre e que recordo: “não podemos construir a paz sobre estômagos vazios”, de facto é cada vez mais assim, numa grande parte dos países a fome está na base de permanentes guerras e é sempre uma consequência de conflitos como os éticos e os religiosos.
A alimentação é sobretudo o suporte da sobrevivência da espécie humana, basta reparar que 56% dos países onde as populações têm fome sofrem de constantes conflitos civis.
Assegurar o abastecimento alimentar das populações torna-se um imperativo dos nossos dias, tendo em conta a estimativa do crescimento da população mundial. Em 2050 calcula-se que a população mundial atingirá os 9 000 milhões de habitantes, uma cifra que obriga a duplicar a quantidade de alimentos produzidos.
Alimentos que terão de ser produzidos, praticamente, nos mesmos espaços geográficos onde já se faz Agricultura, isto porque a escassez de água, o avanço dos desertos, a subida das águas do mar, a erosão dos solos, o abandono de zonas de produção e as alterações climáticas estão a limitar as terras de cultivo.
Poderíamos então falar, para se alcançar esta duplicação, numa especialização e intensificação da produção agrícola, porém, esta massificação está por sua vez condicionada aos valores das sociedades modernas, designadamente, o meio natural, o bem-estar animal, a biodiversidade, as agriculturas sem pesticidas, a segurança alimentar, entre outros temas que vão ganhando sensibilidade contemporânea e que rotulam esta Agricultura de “agressiva”. Para isso pagam os contribuintes Europeus.
Bom, então como resolvemos este aparente problema de alimentos, sem provocar danos a nenhuma das partes?
Efectivamente, pela aplicação de mais ciência e de mais qualificação do tecido produtivo na Agricultura, quer em países subdesenvolvidos e que ainda podem recuperar a sua Agricultura quer em países desenvolvidos identificados como “potenciais produtores”.
Mas, a verdadeira solução poderá ser, essencialmente, de natureza política. Com efeito, parece interessar a certos países que a fome continue “viva”.
Já todos percebemos que as ajudas alimentares efectuadas por alguns países a África, alegando excessos de produção e, como tal, dificuldades de escoamento e baixos preços, servem para subsidiar, encapotadamente, determinados programas nas mais diversas áreas por via da injecção governamental de dinheiro. Se quisermos é uma maneira destes países fugirem aos compromissos assumidos internacionalmente em matéria de ajudas agrícolas.
Um mundo livre de fome pode ser uma utopia, todavia, esta é uma das grandes metas do milénio que não devemos perder de vista, embora continuem a surgir dificuldades neste caminho, aliás, este é um dos objectivos estabelecidos na constituição da FAO das Nações Unidas.
É possível acabar com a fome se existir, acima de tudo, vontade política.

De: Antonio Ventura ao jornal União

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